terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Andei assistindo: Constantine

Me dói dizer isso, mas eu nunca li os quadrinhos Hellblazer, que são sobre o Constantine. Eu conheço o personagem (o suficiente para saber que o Keanu Reeves não chegou nem perto do original naquele filme), mas nunca me aprofundei muito nas comics. Por isso, quando vi comentários sobre a série de TV ser até bem fiel ao original, resolvi dar uma olhada.

No primeiro capítulo, John Constantine está num hospital psiquiátrico. Ele está tentando se recuperar de um exorcismo que deu errado, fazendo com que Constantine tenha sido o culpado pela morte de uma menina e o envio da alma dela para o inferno. Ele próprio, um auto-proclamado exorcista e mestre da magia negra, está condenado ao inferno por seu fracasso. Existe uma energia maligna se espalhando pelo mundo (the dark rising), o que faz que fenômenos estranhos e aparições demoníacas se intensifiquem. Constantine encontra a filha de um falecido amigo seu, que tem o mesmo poder que seu pai tinha de pressentir onde atividades demoníacas irão ocorrer. Apesar de essa guria ir embora nesse primeiro episódio, ela deixa um mapa para nosso protagonista com vários locais onde irão acontecer coisas sobrenaturais marcados. Com isso, inicia de fato a história: toda semana tem o monstro/demônio/fantasma/caso do dia que está em maior ou menor grau relacionado a essa energia maligna que se espalha pelo mundo. 

Constantine conta com a ajuda de Chas, um amigo seu com a habilidade de se recuperar de qualquer ferimento, e com a ajuda de Zed, uma outra guria que tem visões sobre coisas que podem acontecer e tal. Não me levem a mal quando eu digo isso, mas me incomoda um pouco essa necessidade que os produtores tem de enfiar personagens femininas nas histórias, especialmente quando elas não deviam estar lá. Tipo, a Zed existe nas comics, mas ela não tem toda essa importância que a série lhe dá. Mesma coisa em Elementary, em que resolveram transformar o Watson em uma mulher para acompanhar o Holmes. Sou super a favor de personagens femininas legais (olhem minha postagem sobre How to get away with murder), mas me incomoda quando os criadores resolvem inventar coisas, só para forçar que exista uma personagem mulher. Eu teria achado mais legal terem usado uma atriz para fazer o personagem do anjo Gabriel, como foi no filme com a maravilhosa Tilda Swinton, do que super-valorizarem uma coadjuvante como a Zed. Mas, ok, eu estou sendo um chato e corro o risco de ser mal interpretado.

Eu estou achando a série bem versátil até o momento. Os "monstros da semana" foram todos bem legais até agora. Tivemos o demônio que se alimenta de eletricidade, espíritos de mineiros que eram comandados por uma magia cigana, um disco de vinil que contém o som da voz de um demônio (enquanto tomava a alma de um cantor que lhe vendeu a alma), um demônio da fome (hunger demon) que consome tudo que vê pela frente, três espíritos vingativos (um na estrada, outro que morreu de câncer e uma modelo japonesa que parece ser daquela lenda urbana), e um espírito que possui crianças e assassina os pais, reencenando os assassinatos que cometeu ainda em vida. 

O melhor pra mim até agora foi o demônio da fome. A cena que o cara possuído por ele mete a mão numa fritadeira com óleo fervendo e começa a comer as batatas fritas é brutal. Ou aquela outra mulher que o mesmo demônio possui e faz a cena clássica de O Exorcista, que a guria desce a escada de costas... Gente, essas duas cenas foram brutais e me deixaram arrepiado. Continuarei assistindo, com certeza.

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