quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Andei assistindo: Gotham


Eu tenho sentimentos conflitantes em relação à Gotham. Por um lado, eu gosto. Por outro, me dá vontade de revirar os olhos.

Não lembro que site de resenhas escreveu isso, mas alguém disse o seguinte: "a história de Bruce Wayne antes de se tornar Batman, sendo treinado em combate por seu mordomo, Alfred, só funciona se você não mostrá-la". Eu concordo completamente. A parte da história que INSISTE em mostrar o Bruce Wayne criança e fazê-lo se relacionar com a Mulher Gato e a Poison Ivy é muito boba e não funciona muito. Quando o Alfred diz que não vai levar o Bruce Wayne para um psiquiatra/psicólogo porque os pais dele disseram para respeitar suas vontades, eu tive vontade de esbofetear a tela do computador. Sério?! Uma criança traumatizada que teve seus pais assassinados na sua frente deve ser levada para atendimento! Por isso que não dá pra ver uma história que mostra o processo de se tornar o Batman, porque é difícil de se convencer e aceitar esse tipo de coisa.

É super-divertido ver os outros personagens de Gotham. Tipo o Gordon em início de carreira, idealista e brigando contra a polícia vendida e corrupta. Ou seu parceiro, Harvey Bullok, um cara que era idealista, mas acabou se corrompendo pelo sistema. Mas o grande destaque da história inteira, pra mim, é o Pinguim. O ator que faz esse papel está fantástico. Sem sombra de dúvidas, é o melhor personagem da história e é o que me motiva a continuar assistindo essa série. Quero ver o que vai acontecer com ele. Em contrapartida, nenhuma atriz nesse negócio sabe atuar. A esposa do Gordon me faz ter dor, de tão ruim e fraca que ela é. A Montoya é uma personagem super-legal nas comics (especialmente quando ela se torna o Question!), mas na série ela não podia ser mais sem graça e estereotipada do que é. Isso sem falar em inexpressiva. Em contrapartida, a Fish Mooney, entre o elenco feminino, é a personagem mais expressiva e melhor interpretada, mas ela é outra que me irrita por existir, pois ela foi uma personagem inventada para a série e dão importância em demasia para ela. Preferia que tivessem usado outra vilã do Batman. Que tal a Lady Shiva, que é simplesmente fantástica nas histórias em quadrinhos?

Gotham também me incomoda por não saber o que quer. Os filmes mais recentes do Batman e a série Arrow tomam uma linha mais realista. Já The Flash é uma história em quadrinhos com gente de carne e osso, com todos os absurdos de uma boa HQ. Mas Gotham está no meio. Fish Mooney é super-campy e personagens como o Pinguim ou o Edward Nygma (aka Charada) são caricaturas, mas a série parece tentar vender uma imagem mais realista. Mas há momentos absurdos (tipo o assassino que usava balões pra matar as vitimas). E outros são uber-sérios e realistas. Fico meio perdido com o que, afinal, essa série se propõe. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Andei assistindo: Constantine

Me dói dizer isso, mas eu nunca li os quadrinhos Hellblazer, que são sobre o Constantine. Eu conheço o personagem (o suficiente para saber que o Keanu Reeves não chegou nem perto do original naquele filme), mas nunca me aprofundei muito nas comics. Por isso, quando vi comentários sobre a série de TV ser até bem fiel ao original, resolvi dar uma olhada.

No primeiro capítulo, John Constantine está num hospital psiquiátrico. Ele está tentando se recuperar de um exorcismo que deu errado, fazendo com que Constantine tenha sido o culpado pela morte de uma menina e o envio da alma dela para o inferno. Ele próprio, um auto-proclamado exorcista e mestre da magia negra, está condenado ao inferno por seu fracasso. Existe uma energia maligna se espalhando pelo mundo (the dark rising), o que faz que fenômenos estranhos e aparições demoníacas se intensifiquem. Constantine encontra a filha de um falecido amigo seu, que tem o mesmo poder que seu pai tinha de pressentir onde atividades demoníacas irão ocorrer. Apesar de essa guria ir embora nesse primeiro episódio, ela deixa um mapa para nosso protagonista com vários locais onde irão acontecer coisas sobrenaturais marcados. Com isso, inicia de fato a história: toda semana tem o monstro/demônio/fantasma/caso do dia que está em maior ou menor grau relacionado a essa energia maligna que se espalha pelo mundo. 

Constantine conta com a ajuda de Chas, um amigo seu com a habilidade de se recuperar de qualquer ferimento, e com a ajuda de Zed, uma outra guria que tem visões sobre coisas que podem acontecer e tal. Não me levem a mal quando eu digo isso, mas me incomoda um pouco essa necessidade que os produtores tem de enfiar personagens femininas nas histórias, especialmente quando elas não deviam estar lá. Tipo, a Zed existe nas comics, mas ela não tem toda essa importância que a série lhe dá. Mesma coisa em Elementary, em que resolveram transformar o Watson em uma mulher para acompanhar o Holmes. Sou super a favor de personagens femininas legais (olhem minha postagem sobre How to get away with murder), mas me incomoda quando os criadores resolvem inventar coisas, só para forçar que exista uma personagem mulher. Eu teria achado mais legal terem usado uma atriz para fazer o personagem do anjo Gabriel, como foi no filme com a maravilhosa Tilda Swinton, do que super-valorizarem uma coadjuvante como a Zed. Mas, ok, eu estou sendo um chato e corro o risco de ser mal interpretado.

Eu estou achando a série bem versátil até o momento. Os "monstros da semana" foram todos bem legais até agora. Tivemos o demônio que se alimenta de eletricidade, espíritos de mineiros que eram comandados por uma magia cigana, um disco de vinil que contém o som da voz de um demônio (enquanto tomava a alma de um cantor que lhe vendeu a alma), um demônio da fome (hunger demon) que consome tudo que vê pela frente, três espíritos vingativos (um na estrada, outro que morreu de câncer e uma modelo japonesa que parece ser daquela lenda urbana), e um espírito que possui crianças e assassina os pais, reencenando os assassinatos que cometeu ainda em vida. 

O melhor pra mim até agora foi o demônio da fome. A cena que o cara possuído por ele mete a mão numa fritadeira com óleo fervendo e começa a comer as batatas fritas é brutal. Ou aquela outra mulher que o mesmo demônio possui e faz a cena clássica de O Exorcista, que a guria desce a escada de costas... Gente, essas duas cenas foram brutais e me deixaram arrepiado. Continuarei assistindo, com certeza.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Andei assistindo: The Flash

Minha série favorita (atualmente)! 

A sensação que eu tive com os filmes mais recentes do Batman (os da triologia The Dark Knight), do Superman (com o terrível Man of Steel) ou mesmo as séries de TV (Arrow e Gotham), é que a DC Comics estava desesperada para tornar essas histórias o mais realistas possível e estava fugindo de suas histórias em quadrinhos campy como o diabo foge da cruz. Felizmente, eles voltaram aos domínios da fantasia e resolveram fazer uma série de super-herói que é REALMENTE como a história em quadrinhos.

Barry Allen presenciou o assassinato de sua mãe, que ocorreu de uma forma muito estranha, misteriosa e impossível (como ele sempre diz). Infelizmente, ninguém acreditou no relato de um menino de sete anos, então seu pai foi condenado injustamente pelo crime e Barry passou a ser cuidado pelo detetive Joe West, amigo de seus pais. Esse é o mistério que norteia a história e que motiva boa parte das ações tanto de Barry, como de Joe e de Iris West, amiga de infância de Barry por quem ele é apaixonado.

Enfim, Barry trabalha na polícia, na perícia, e investiga esse crime misterioso nas horas vagas, objetivando inocentar seu pai. Durante uma tempestade de raios e liberação de radiação causadas por um problema no acelerador de partículas que a recém havia sido inaugurado na cidade, Barry é atingido por um raio e entra em coma. Meses depois, ele acorda com a habilidade de se mover em uma velocidade incrível. Assim, ele conhece Dr. Harrison Wells, o responsável pelo acelerador, e os cientistas Cisco e Caitlin Snow, que começam a investigar a extensão das habilidades de Barry. Ao mesmo tempo, outros "metahumanos" surgem na cidade e são todos vilões clássicos das histórias do Flash. Assim, Barry decide usar seus poderes para proteger a cidade.

Aguardo ansiosamente para ver o Capitão Boomerang e o Gorila Grodd (que já apareceu brevemente!). Fico feliz de ver a DC Comics sem medo de fazer super-heróis como os de antigamente. Essa série é divertida e eu fico ansioso a semana toda esperando o próximo episódio, que me mantem entretido e me diverte durante seus 45min. 

Meu único problema com a série é a Iris. Gente, que criatura insuportável! Os últimos dois episódios deram uma melhorada e a deixaram "menos pior", mas ainda assim ela é difícil de aguentar. Especialmente porque a paixão do Barry por ela é boba e estranha (sabe, eles foram criados como irmãos a partir de os sete anos...), e porque o Barry fica cinquenta vezes melhor como um casal com a Felicity de Arrow! O problema é que a Iris É a paixão do Barry nas comics (assim como o Superman tem a Lois Lane) e esse relacionamento vai acontecer quer os espectadores queiram ou não (tipo o Oliver INSISTIR em ficar com a Laurel em Arrow!).