quinta-feira, 12 de junho de 2014

Loja de Guloseimas

Descobri esses dias um atacado só de balas, doces, salgadinhos… Essas bobagens em geral. É bem perto de onde eu trabalho e é a caminho da parada de ônibus. Parece que abriu não faz muito tempo. Muito legal!

Tinha de tudo lá: pacotões de balas de menta, milhopan, rapadura… O mais legal, acho, foi ver doces da minha infância. Eles ainda existem! Só porque sim, comprei alguns e levei lá para casa da minha tia-avó.

O primeiro deles era uma embalagem com mini-chicletes. Lembram desses? São chicletinhos pequenininhos de várias cores. Um só não faz nem cosquinha na boca. Eu colocava uns cinco ou seis, para ter alguma coisa para mastigar. Alguns amigos meus colocavam o pacote inteiro na boca e ficavam com aquela bola gigante de chiclete que mal dava para mastigar. Só pela onda. Hoje em dia anda mais fácil ver botons, canecas e outras coisas hipster com mini-chicletes desenhados do que os próprios mini-chicletes à venda.

Outra coisa que tinha lá era tipo umas mini-mamadeiras, que dentro tinha umas bolinhas de açúcar. Na minha infância, elas vinham em contêineres transparentes, em formato de ursinho, avião, carrinho, telefone… Enfim, o que você conseguisse imaginar! Como as bolinhas de açúcar são coloridas, elas davam a cor ao brinquedo. São super sem graça. Bolinhas doces e só. Ah, mas a magia da coisa é o que importa. Derretem na boca! São doces! São coloridas!!!

Mais uma coisa da minha infância: maria-mole na casquinha de sorvete. Tenho vontade de rir, porque esse doce é muito de armazém de interior (era na época que eu morava numa cidade pequena). A maria mole é super gostosa e costuma ser cor-de-rosa. Parece mesmo um sorvete. A casquinha que é daquelas mais simples que tem, quase sem gosto. E, olha que máximo, vem com um brinquedo! Em geral, bexiguinhas ou apitos. Essa que eu comprei veio com umas bexigas que eram duras para caramba. Foi difícil enchê-las de ar!

Também tinha aquelas pastilhinhas coloridas que são azedinhas. Tinha merengue de vários tipos (um era bem sequinho e com um gostinho de torrado, o outro, de outra marca, era suave e derretia na boca). Ah, também tinha aqueles chicletes de bolinha que tem uma carinha desenhada na embalagem! Tinha até aquele chocolate ruim em formato de guarda-chuva com gosto de cabo de pau de guarda-chuva…!

Foi muito legal ver que essas coisas ainda existem! Esses dias eu me senti muito velho quando vi uma enquete perguntando se já tinha assistido Sailor Moon e qual era sua personagem favorita. Não era meu desenho favorito (eu adorava Shurato e Guerreiras Mágicas de Rayearth nessa época), mas eu assistia com a minha irmã. Minha senshi favorita é a Sailor Júpiter e votei nessa opção rapidamente. Fiquei de cara quando apareceu o resultado da enquete. Quase metade dos votantes nunca assistiu ou leu Sailor Moon!!! Como assim?! Já é tão velho assim?! Ainda bem que está vindo o remake! Apesar de eu pessoalmente não ter curtido as versões novas, Saint Seiya Omega e Hunter x Hunter conseguiram conquistar mais fãs. Desejo a Sailor Moon o mesmo sucesso. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Seja Feliz

Uma vez eu e a minha namorada na época estávamos de zoeira. Aí ela fez marias-chiquinhas no cabelo e falou com voz de bebê, debochando das meninas que tentam se fazer de meigas. Eu disse: “Own, que fofinha!”. Pronto. Pra quê? Ela ficou furiosa comigo… Porque aparentemente ela entendeu que eu a tinha chamado de gorda. Desculpa, eu só estava brincando… E eu pensem em “fofinha”, no sentido de bonitinha, meiguinha, inha, inha inha

Outra vez, uma colega de estágio convidou a mim e a outros colegas para irmos no aniversário dela em um Pub. Eu cheguei e fiquei um tempo circulando, procurando por ela e pelo resto do pessoal (em minha defesa, eu sou míope e ainda não sabia disso naquela época)... Até que ela veio me encontrar e ficou me zoando por não ter achado eles. Ela sempre usava o cabelo liso em rabo de cavalo (estágio em hospital, sabem como é), óculos e estava sempre de jeans e camiseta. Nem tinha reconhecido ela. Cabelo solto, ondulado, sem óculos, bastante maquiagem e um vestido. Eu disse: “Nossa, como você tá bonita hoje!”. Pronto. Pra quê? Eu disse hoje. Ela ficou o resto da noite repetindo essa história para todo mundo que chegava. Como eu tinha dito que ela estava bonita só naquele dia, como isso significava que ela não era bonita normalmente e como eu não devia nem ter reconhecido ela, já que eu tinha insinuado que ela normalmente não é bonita. Arrrgh. Eu ouvi essa história durante meses, porque ela fazia questão de repetir sempre. Desculpa, eu não queria ofender. Na verdade, estava querendo elogiar, mas parece que minha escolha de palavras não foi feliz.

O meu ponto é que as pessoas se ofendem pelas coisas mais estranhas e inocentes, mais simples e bobas. Há alguns anos, aconteceu uma coisa que me deixou de queixo caído. Um aluno da disciplina que eu era monitor perguntou se podia fazer uma coisa lá num trabalho. Eu respondi: “sim! Seja feliz! :)”. Acreditam que os alunos se ofenderam e disseram pro professor que eu tinha sido grosseiro com eles? Na minha época, dizer “seja feliz”, nesse contexto, significava apenas “vá em frente!” ou “faça o que quiser”. Fiquei surpreso por alguém ter se ofendido por isso.

Anos depois, eu sempre lembro dessa história e fico repassando o que foi dito pelos alunos e o que eu disse para eles. Será que “seja feliz” tem algum significado oculto? Será que desejar que os outros procurem ficar satisfeitos e felizes com suas escolhas é tão ruim assim? Será que nessa época que estamos, em que as pessoas procuram sempre ostentar e aparentar felicidade, insinuar que alguém precise fazer algo para ser feliz é tão ruim assim?

Juro que não entendo. Não cheguei a nenhuma hipótese que me pareça razoável. A mais satisfatória foi que esses alunos eram um bando de crianções do primeiro ano e queriam fazer drama só por fazer drama. A outra é que “seja feliz” seja um cumprimento illuminati ou masônico. Sei lá. Deduzam o que quiserem. Sejam felizes!

Opa.

sábado, 7 de junho de 2014

Amor à primeira vista

Nunca achei que isso realmente existisse, mas parece que existe. Há uns dias, foi o meu aniversário (dia 25 de maio) e eu convidei vários colegas e amigos para irem lá em casa. Devido ao curso que eu estudei e a profissão que eu sigo, a maior parte dos meus colegas e amigos é composta por mulheres. Então, no meu aniversário era eu, o colega cujos problemas amorosos eu comentei e um outro amigo. As outras dez pessoas presentes eram mulheres. Nós três já estamos acostumados, claro. Foi super-legal, as moças são brutais jogando UNO e Truco. Sério, dá medo! Rimos, comemos e brincamos.

Uns dias atrás, o colega que estava naquele terrível dilema deu uma passada lá em casa, dizendo que queria companhia para comer temaki (e tem uma temakeria a duas quadras da minha casa). Aí ele veio meio sem jeito e me perguntou: “diz uma coisa, a Fabi tem namorado”? Fabi é o nome fictício que eu estou dando para uma das minhas colegas que estava no meu aniversário. Respirei fundo. Sabia onde isso ia dar.

            - Sim, tem. O namorado dela é bem legal. Joguei WoW e Rift com ele. Por quê?
            - Por nada… É que ela é muito bonita.
            - Sim, ela é mesmo. E ela é tri legal.
            - Sim, é. Das meninas que estava lá, ela foi a minha favorita. A Mari tira segundo lugar.
            - A Mari é uma querida mesmo.

Todos esses floreios para depois me dizer o quanto ele tinha gostado da Fabi. Ele disse que sentiu “uma coisa” que nunca tinha sentido antes. E completou dizendo “ah, porque eu estou nessas de terminar e tal…Se a Fabi fosse solteira, seria mais um incentivo”. Fiquei meio de cara. Comentei com a Mari sobre a história. Ela disse “a Fabi me perguntou se era muito estranho te perguntar se os seus amigos eram solteiros”...

Resumo da ópera: os dois se interessaram mutuamente e intensamente um pelo outro, tendo se visto apenas uma vez na vida e estão considerando terminar seus longos relacionamentos (a Fabi já está com o namorado dela há uns cinco anos também) para ficarem juntos. Fiquei muuuito chocado com o desenvolvimento dessas histórias. Parece que amor à primeira vista existe mesmo.

Ou eles já estavam insatisfeitos com seus respectivos namorados e estavam só procurando um motivo pra chutar o balde de vez.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Elevadores

Algumas vezes eu estou tão de má vontade com o mundo que até pequenas coisas me irritam. Especialmente as pequenas coisas irritantes que acontecem dezenas de vezes no meu dia.

Uma das coisas que mais me irrita é quando eu estou esperando o elevador, ele chega e as pessoas que estavam esperando comigo começam a tentar forçar sua entrada no elevador, sem permitir que as pessoas que já estavam nele consigam descer. Vocês nunca ouviram falar que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço? Para vocês caberem no elevador, as pessoas que estão lá precisam sair primeiro, oras. Isso não é básico?! Pois parece que não.

Todo santo dia, diversas vezes por dia, eu vejo esse cenário. Gente, o elevador não vai fugir se você não se enfiar lá dentro. É só apertar o botão ou segurar a porta. Especialmente aqui no hospital, que as portas são super-ultra-mega sensíveis. Sério, um fio de cabelo se movimenta quando a porta está fechando e ela se abre rapidamente. Chega a ser chato, às vezes, mas também é muito útil. De qualquer forma, o ponto é: não precisa entrar em desespero. O elevador vai esperar. Eu prometo.

Outra coisa que me irrita no elevador… Vocês não tem idéia da quantidade de vezes num dia que eu tento entrar no elevador e a pessoa que estava lá dentro quase me atropela. Explico: a pessoa fica tão concentrada no seu celular que não percebe que o elevador só desceu um ou dois andares e sai de dentro dele no automático. Aí ela esbarra nas pessoas (eu) que estão tentando entrar.

Isso acontece tantas vezes no meu dia que eu não consigo mais achar graça. O atropelador em questão ou fica bufando, ou faz alguma piadinha sobre estar com a cabeça na lua. Eu nem respondo mais. Não sei, mas mesmo quando eu estou fuçando no celular no elevador, eu sempre dou uma olhadinha no painel quando o elevador pára, para conferir se é o andar que eu quero ou não. Não é senso comum fazer isso?! Parece que não.

Eu não estou propondo um “Manual de Conduta em Elevadores”. Querem continuar se digladiando para entrar no elevador e atropelando as pessoas por não desviar o olhar da telinha do celular? Ótimo. Mas eu me dou o direito de ficar bravo com isso.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Jogo: Hadaka Shitsuji

Hadaka Shitsuji é uma visual novel BL que foi traduzida (não-oficialmente) para o inglês ano passado. Esses dias vi um anônimo recomendando esse jogo no 4chan e fiquei curioso. Resolvi baixar e andei jogando nos últimos dias esporadicamente, porque eu não tenho muita paciência com essas visual novel.

A história do jogo é a seguinte: Tomoaki, um estudante universitário, recebe um folder divulgando uma vaga para emprego com um bom salário (até bom de mais para ser verdade!). Como ele acabou de perder seu emprego num restaurante, resolve ir se apresentar nesse lugar. Lá ele fica sabendo que tudo que terá de fazer é ser o "mestre" de uma mansão milionária e dar ordens para os mordomos do lugar, enquanto o verdadeiro dono está viajando. São vários personagens que você pode interagir, cada um caindo nos clássicos esterótipos já esperados.

O twist desse jogo é que o Tomoaki vai ficando cada vez mais sádico conforme o tempo passa (na verdade, eu diria que ele tem um transtorno de múltipla personalidade, porque ele muda da um extremo ao outro em segundos). Uma coisa que me surpreendeu é que os finais felizes são considerados finais ruins nesse jogo. Eu escolhi o Sakuma, o personagem poster do jogo, primeiro e resolvi conquistá-lo. O Sakuma é o mordomo eficiente, sério, perfeccionista, obediente e sempre querendo servir seu mestre. Achei que, logo por isso, ele seria o "mais fácil" de todos. Eu consegui um final bem feliz e bonitinho... Apesar do Tomoaki ter surtado uma vez ou outra (tipo quando ele pisoteia o Sakuma -- irc!), o final foi feliz e tal. Aí apareceu a mensagem "Bad End". 


Fiquei intrigado, mas resolvi ir atrás do Toudou e segui o guia (que o pessoal que traduziu manda junto com o patch) para conseguir o "True Ending", que, em tese, deveria ser o melhor final de todos. Só que não. O Toudou é o cara grandão, musculoso e intimidador, que, na verdade, tem um coração de ouro e é um querido. Assim como o Sakuma, ele é obediente. Com o Toudou, você pode fazer coisas que só de serem mencionadas já brochariam o interlocutor que vos fala. Sério, a rota do Toudou é um horror. O Tomoaki faz ele de gato e sapato. 


Ok, fiquei meio tenso e resolvi seguir a rota do Komine, o cozinheiro extrovertido, simpático, com dialeto Kansai, desobediente e que dá em cima do Tomoaki descaradamente, e fiquei apavorado. Coisas tensas acontecem. Mas o Komine é um dos personagens mais simpáticos e queridos desse jogo, então eu vou ver se jogo a rota dele de novo e tento conseguir um final ruim. Me disseram que o Komine, também, é o único personagem que, num dos finais ruins, fica de saco cheio das sacanagens do Tomoaki e vira o jogo contra ele. Vou dar uma olhada, quando tiver tempo e vontade para isso. Em compensação, uma das rotas dele envolve bestialidade... Ern, talvez demore um pouco para eu criar coragem. 

  
Também tem a opção de ir atrás do Ichinose (o jardineiro silencioso e misterioso, que deixa o Tomoaki com medo dele) e o, ern, sei lá qual é nome dele, que é o shota obrigatório e chorão. Na rota do Toudou, o shota já sofre pacas, então estou com medo do que vai acontecer com ele em sua rota própria (vi uma CG dele que envolve uma forca... No me gusta...). O Ichinose acaba aparecendo pouco nas histórias dos outros - porque ele passa boa parte do tempo doente -, então é capaz que eu acabe jogando a rota dele também para ver qual é.


Sobre o jogo em si: ele é uma visual novel com poucas decisões a serem tomadas (só escolher com quem você quer passar o dia e, eventualmente, responder uma coisa ou outra), com opção de salvar sempre e é fácil de entender. O patch em inglês o deixou com alguns bugs: ele fecha sozinho com frequência (por isso, deve-se salvar o tempo todo), não salva os CGs/Endings que você conseguiu (acho que deve ser impossível desbloquear a rota harem por causa disso) e algumas coisas não foram traduzidas ou ficaram com caracteres aleatórios ao invés de texto. Mesmo assim, é jogável. Também vale apontar que boa parte dos personagens do jogo é dublada por amadores/seiyuus desconhecidos, então não tem esse "atrativo" para os que curtem boas vozes.


Acho que pessoas com fetiches específicos e sobretudo aqueles que adoram sadomasoquismo vão curtir esse jogo. Eu não me enquadro no segundo caso, então várias partes do jogo foram um sofrimento para mim. Tipo, todos os personagens são uns queridos... Eu não quero vê-los sofrer! Acho que eu sou vanilla demais para esse jogo... De qualquer forma, um ponto inusitado dele é que você joga como o seme. Na maior parte dos jogos yaoi, você é o uke e ponto final. São poucos os jogos que permitem que o player seja o seme.